Combined DNA Index System - CODIS
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Combined DNA Index System - CODIS


Encerrou nesta sexta-feira, 28, o treinamento dos 20 peritos criminais que atuarão diretamente com a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos e ficarão responsáveis pela sua manutenção. Especialistas do FBI estiveram em Brasília desde o início de maio para viabilizar a instalação dos servidores e ministrar o treinamento a 20 peritos, sendo 18 estaduais e dois federais. A partir amanhã, os profissionais voltarão aos estados para iniciarem a alimentação do software com os perfis genéticos.


Ao todo, 15 estados da federação, além da Polícia Federal, possuirão bancos de dados de DNA. Segundo Marcelo Malaghini, chefe do laboratório de DNA do Paraná, a instalação do CODIS no Brasil foi um processo longo, mas que trouxe resultados muito positivos. “Se você me dissesse há seis anos que nós teríamos 17 laboratórios operando eu não acreditaria. O CODIS veio para finalizar o processo e permitir o intercambio das informações entre os estados”, ressalta Malaghini.

Durante o treinamento, iniciado oficialmente no dia 19 de maio, os peritos criminais foram capacitados para inserir perfis genéticos em dois módulos distintos do CODIS. O primeiro armazena vestígios coletados em exames de local de crime e, o segundo, gerencia perfis de pessoas desaparecidas e seus familiares (voluntários), de restos mortais não identificados e de vitimas de desastres. De acordo com profissionais da genética forense, apesar de muito conteúdo, o CODIS é uma ferramenta fácil de ser utilizada e trará grande auxilio na investigação criminal. “Dos 80% dos casos de violência sexual, nos encontramos suspeitos para fazer confrontos em apenas 10% dos casos. Com o CODIS poderemos armazenar os perfis, o que facilitará a aparição de suspeitos”, afirma Paulo Abdon, chefe do Laboratório de Genética Forense do Amapá.


Muitos casos poderiam ter sido solucionados, caso o CODIS já estivesse em funcionamento. A chefe do Laboratório de DNA Forense da Polícia Civil de Minas Gerais, Valéria Dias, conta que recentemente (há 45 dias), foi resolvido um caso de grande repercussão: um estuprador que cumpria pena há alguns anos foi solto e reincidiu cometendo mais quatro estupros seguidos de morte. “Nós encontramos os vestígios do criminoso nas quatro vítimas e, na comparação, verificamos que se tratava do mesmo perfil. Se nesta época já tivéssemos acesso ao CODIS pegaríamos o criminoso logo no primeiro estupro” afirma Valéria.


Apesar de ainda não existir uma lei que regulamente a coleta de amostra biológica de condenados por crimes, os peritos estão otimistas quanto a aprovação de uma lei no Congresso Nacional. Malaghini enfatiza que a proposta de se exigir a doação de DNA para progressão de pena é muito relevante: “com essa lei aprovada deixaríamos de trabalhar pela metade”.

Com o fim do curso, os peritos estaduais poderão transportar os servidores para os seus laboratórios e reproduzir o treinamento aos profissionais daquele estado. Em Minas Gerais, Valéria Dias diz que serão treinados mais cinco profissionais, sendo
um da área administrativa e quatro analistas. A perita explica que o estado mineiro é uma das regiões com maior índice de crimes sexuais e, assim que o laboratório receber o servidor, eles já serão acrescentados perfis. “Nós já possuímos mais de 400 amostras de vestígios de crimes sexuais para inserir no sistema”, garante. Segundo Valéria, o CODIS será uma ferramenta muito poderosa, pois ainda que não se encontre o criminoso, será possível obter informações determinantes para a investigação.

Fonte: Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais




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