A Polícia Federal (PF) está criando um banco de dados para identificar o perfil químico das drogas apreendidas no país e, assim, apontar sua origem e a rota pela qual passaram até chegar ao local onde são comercializadas. A vantagem ao identificar as semelhanças químicas entre uma droga apreendida numa região e outra, apreendida em local totalmente diferente, é que os investigadores podem indicar se há formação de quadrilha, o que pode resultar no aumento da pena, caso os traficantes sejam condenados.
Denominado Projeto Pequi – uma abreviação de Perfil Químico da Droga – o banco de dados agrupa informações sobre as características de drogas apreendidas em diferentes localidades. Em função dos aspectos químicos das substâncias, os peritos criminais poderão afirmar “com alto nível de acerto” o país de origem e, em função das misturas acrescidas à droga, indicar possíveis rotas utilizadas pelos traficantes.
De acordo com a PF, as características abrangem pequenos resíduos de substâncias que vêm da planta e que não são retirados durante o refino.
Com análises assim, foi possível para a PF concluir, por exemplo, que três apreensões realizadas em diferentes regiões do país tinham a mesma origem, numa operação deflagrada no ano passado. Em 2009 agentes federais ligaram uma apreensão de 200 quilos de cocaína, feita em Fortaleza, com uma de 50 quilos em Marabá no Pará e, ainda, com outra apreensão de 1 quilo em Goiânia. Com a técnica os policiais conseguem apontar conexões por meio de telefonemas, extratos bancários ou por negócios e, assim, provar que há ligações pessoais entre acusados.
Fonte: Agencia Brasil
Nota da Mari:
O estado Pará é “carinhosamente” chamado pelos Policiais Federais de Quadrilátero da bala e Marabá tem o pseudônimo de Marabala.
O estado há muito é rota do tráfico internacional de drogas e palco de muitos confrontos sangrentos entre traficantes nacionais e internacionais com as policias Federal e Estadual.
O esquema de identificação da origem da droga irá auxiliar a Policia na hora de investigar a origem e a rota traçada pelas mercadorias apreendidas, o que irá orientar o Ministério da Justiça na hora de criar lotações e aumentar o efetivo nas regiões fronteiriças.