Imagine que você está viajando em missão e o telefone toca. Após breves instantes de hesitação, você decide atender mesmo sem conhecer o número e... voilá! Era o cara que havia feito aquele convite pra você trabalhar com eles. Você vibra de felicidade porque tem muito interesse nisso sim. Entende que aquela ligação poderá te deixar a apenas alguns passos do auge da sua carreira policial. Você confirma que seu interesse é para atuar na ponta da lança. Porque às vezes eles também têm interesse em policiais que dominem áreas de computação, análise de inteligência, etc. Você quer apenas continuar fazendo o que gosta num nível acima.
Ele confirmou que o interesse deles é que você realmente atue na área operacional, mas que é preciso antes se submeter a alguns testes, entrevista e tal. Ele pediu um currículo atualizado com seus dados e você sabe que eles farão alguns levantamentos de inteligência sobre você. Ser testada é uma coisa que te dá barato.
Após desligar o telefone você questiona por alguns instantes se dessa vez vai dar certo mesmo, mas tinha alguma coisa no jeito como ele falava ao telefone que te diz que agora é pra valer. Ele te quer mesmo sendo você apenas uma reles marrentinha sem muita verve de autoridade, mas que ele viu desenrolando com desenvoltura as paradas em inglês junto aos Noruegueses aflitos.
Tinha uma coisa meio paternal na voz dele. Mas também pode ser seu subconsciente querendo afastar aquela impressão de que ele estava apenas te paquerando enquanto te olhava trabalhar naquele dia. Um gato daqueles te dando bola, hein!? Mas essa teoria já foi patenteada pelo delegado seu chefe, pra quem está claro que um convite desses não seria, digamos assim, exatamente por conta da sua competência profissional. Nessa hora você quer mandar um beijinho no ombro pra ele, mas coldrea, afinal sua liberação depende de sua boa vontade e sigilo, senão mandam um DeMO no seu lugar (delegado metido a operacional).
Imagina...