Policial
Operação Proteção à Vida
Em meio à onda de violência que atinge ambientalistas da Amazônia, a presidente Dilma Rousseff ordenou o envio de uma equipe da Força Nacional ao Norte do Brasil para intensificar os esforços de combate à violência no campo. A ação é denominada Operação Proteção à Vida e desloca homens da Polícia Federal, Força Nacional de Segurança, Polícia Rodoviária Federal e das Forças Armadas, que se estendem pela região Norte do país a partir dessa terça-feira (7).
A decisão do envio de tropas foi tomada após reunião ocorrida na última sexta (3), em que Dilma se encontrou com ministros e governadores da região para discutir a questão. Na reunião, o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), reafirmou a necessidade de punir os criminosos do campo. Segundo Jatene, só dessa maneira será possível evitar o ambiente de impunidade que domina a região. “Não vamos reproduzir o passado e o ponto de partida deve ser a união de todos no enfrentamento à violência”, disse.
Violência
No dia 25 de maio foi enterrado o casal de ambientalistas assassinado após denunciar a extradição ilegal de madeira cometida por grandes madeireiros e latifundiários da Amazônia. José Claudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo foram mortos no assentamento onde moravam, em Nova Ipixuna, sudeste do Pará. Os dois lideravam um projeto de extrativismo sustentável de castanha e de cupuaçu e denunciavam a retirada ilegal de madeira. Segundo parentes, os extrativistas vinham sendo ameaçados de morte há pelo menos seis anos.
"Ela falou para mim que as ameaças vinham de um grupo de fazendeiros, que era a parte mais interessada na morte dela", contou José Francisco Silva, filho da vítima, ao G1. Para completar o caso, o agricultor Erenilton Pereira dos Santos, 25, que supostamente teria testemunhado o assassinato, foi morto quatro dias após a morte do casal com um tiro na cabeça.
Em meio a um ambiente que mais parece filme de faroeste, o caso é mais um entre tantos na onda de violência no campo. De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), cerca de 390 pessoas foram mortas em disputas por terras rurais, entre 2000 e 2010, na região da Floresta Amazônica.
Ao anunciar o assassinato na tribuna do Congresso, o deputado Sarney Filho (PV-MA) foi euforicamente vaiado pela bancada ruralista da Câmara. Em nota publicada pela revista Carta Capital, o deputado definiu o momento das vaias como "grotesco". De acordo com publicação da revista, nos últimos 25 anos, 1.614 pessoas foram mortas no Brasil em decorrência de conflitos entre latifundiários e ambientalistas. Até o momento, apenas 91 casos foram julgados, resultando na condenação de 21 mandantes e 72 assassinos, ou seja: para cada 17 pessoas assassinadas em todos esses anos, apenas um criminoso foi condenado pela Justiça.
A CPT divulgou, na última semana, uma lista com 1.855 nomes de ambientalistas e camponeses que sofreram algum tipo de ameaça nos últimos 10 anos. Destes, 207 receberam mais de uma ameaça e 42 foram assassinados. Apesar do risco, o Ministério da Justiça informou que não terá condições de oferecer proteção policial a todos, reservando a atenção apenas para os 30 ambientalistas que já sobreviveram a algum tipo de atentado.
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