Policial
Policial bandido é bandido²
11/02/2011
POLÍCIA FEDERAL, SECRETÁRIA DE SEGURANÇA E MPE DEFLAGRAM OPERAÇÃO GUILHOTINA
Rio de Janeiro/RJ – A Polícia Federal no Rio de Janeiro, em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública do Estado e o Ministério Público Estadual, deflagrou nesta manhã, 11, a Operação Guilhotina, que visa dar cumprimento a 45 mandados de prisão preventiva, sendo 11 contra policiais civis e 21 contra policiais militares e a 48 mandados de busca e apreensão.
A operação policial iniciou a partir de vazamento de informação numa operação policial que era conduzida pela Delegacia de Polícia Federal em Macaé, denominada Operação Paralelo 22, que tinha como principal objetivo prender o traficante conhecido como “RUPINOL”, que atuava na favela da Rocinha junto com o traficante conhecido como “NEM”.
A partir daí, duas investigações paralelas foram iniciadas, uma da Corregedoria Geral Unificada da Secretaria de Segurança do Rio e outra da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. A troca de informações entre os serviços de inteligência das duas instituições deu origem ao trabalho conjunto desta manhã.
A Operação Guilhotina, com o cumprimento dos referidos mandados, colocará fim à atuação de um grupo criminoso formado por policiais civis e militares e informantes envolvidos com o tráfico ilícito de drogas, armas e munições, com a segurança de pontos de jogos clandestinos (máquinas de caça-níqueis e jogo do bicho), venda de informações policiais e com milícias, além de se dedicarem ao que se chama “Espólio de Guerra”, que é a subtração de produtos de crime encontrados em operações policiais, como ocorrido na recente operação de ocupação do Complexo do Alemão, retroalimentando a atividades criminosas de grupos de traficantes que atuam no Rio de Janeiro.
As forças estaduais destacaram hoje 200 homens, além de dois helicópteros e quatro lanchas. As equipes da Polícia Federal empregam um efetivo de 380 homens.
Os representantes das três instituições responsáveis pelo trabalho de hoje – a PF, Seseg e MP – vão participar de uma coletiva com a imprensa às 10h30min, na Sede da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
Por Comunicação Social /Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro
(21) 2203-4405
www.dpf.gov.br/dcs
15/02/2011
PF DEFLAGRA OPERAÇÃO SEXTO MANDAMENTO
Goiânia/GO – A Polícia Federal em Goiás deflagrou, nesta manhã, 15, a Operação Sexto Mandamento para cumprir 19 mandados de prisão preventiva e oito mandados de prisão temporária, bem como mandados de busca e apreensão. Foram compostas 18 equipes com 131 policiais federais e 12 oficiais da Polícia Militar de Goiás. O total de alvos são 19, sendo 13 em Goiânia e 6 no interior do Estado, haja vista que alguns dos envolvidos possuem mais de um de mandado de prisão.
A investigação que durou aproximadamente um ano teve por objetivo principal desarticular uma organização criminosa com alto poder de influência e de intimidação composta por policiais militares de Goiás, das mais diversas patentes.
Segundo as investigações, a organização criminosa tinha como principal atividade a prática habitual de homicídios com a simulação de que os crimes capitais foram praticados em confrontos com as vítimas. Dentre as vítimas, figuram casos de execução de crianças, adolescentes e mulheres, sem qualquer envolvimento com práticas criminosas. As investigações demonstraram ainda que outros homicídios foram praticados pela organização criminosa, inclusive durante o horário de serviço e com uso de viaturas da corporação, de maneira clandestina e sem qualquer motivação que legitimasse a ação policial dos investigados. A organização criminosa especializou-se ainda na ocultação de cadáveres.
Dentre os investigados, encontra-se o atual Sub-Comandante Geral da Polícia Militar de Goiás, o ex-Secretário de Segurança Pública e o ex-Secretário da Fazenda de Goiás, os dois últimos na condição de suspeitos pela prática de tráfico de influência que resultaram nas promoções de patentes de integrantes da organização criminosa.
Restou evidenciado na investigação que, nos últimos 10 anos, os integrantes da organização criminosa começaram a fortalecer a sua atuação nos municípios de Formosa, Rio Verde, Acreúna, Alvorada do Norte, bem como Goiânia. Assim, onde se instalavam em decorrência de remoções às diferentes unidades da PM/GO, o número de vítimas de homicídios em supostos confrontos com aquela Corporação aumentavam consideravelmente.
Além da prática de crimes de homicídio qualificado em atividades típicas de grupo de extermínio (art. 121, § 2º, incisos I a V, do CP, c/c art. 1º, inciso I da Lei nº 8.072/90), os integrantes serão indiciados pela prática de formação de quadrilha (art. 288, do CP), tortura qualificada (art. 1º, § 4º, da Lei 9.034/97), tráfico de influência (art. 332, do CP), falso testemunho (art. 342, do CP), prevaricação (art. 319, do CP), fraude processual (art. 347, do CP), ocultação de cadáver (art. 211, do CP), posse ilegal de arma de fogo de calibre restrito (art. 16, da Lei 10.826/03), bem como a ameaça (art. 147, do CP) a autoridades públicas, jornalistas e testemunhas.
Alguns dos investigados serão presos por força de diferentes mandados judiciais expedidos por comarcas distintas, as quais já processam parte da organização criminosa pela prática de crimes de homicídios específicos.
A Polícia Federal e a Secretaria de Segurança Pública de Goiás iniciarão as buscas às pessoas desaparecidas após abordagens policiais e criou um canal de denúncia com o endereço [email protected], por meio do qual a população poderá encaminhar informações para auxiliar a atividade policial de busca, bem como outras informações sobre crimes não esclarecidos. As identidades dos denunciantes serão preservadas.
A operação contou com a participação da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, do Ministério Público de Goiás, do Poder Judiciário de Goiás, da Secretaria de Segurança Pública de Goiás, bem como com os Comandos da Polícia Militar e da Polícia Civil de Goiás. A operação foi denominada Sexto Mandamento em referência ao decálogo bíblico, cujo sexto mandamento é não matarás.
Haverá entrevista coletiva na Sala de Imprensa desta Superintendência Regional, sita na Av. Edmundo Pinheiro de Abreu, nº 826, St. Pedro Ludovico, hoje, 15/02/2011, às 15h00min, estando prevista a presença dos coordenadores da Operação Sexto Mandamento e de representantes dos Órgãos Públicos participantes.
Balanço Parcial
A Polícia Federal em Goiás cumpriu 100% (cem por cento) dos mandados de prisões expedidos no âmbito da OPERAÇÃO SEXTO MANDAMENTO, sendo presos os seguintes policiais militares da PM/GO: Coronel CCM; Tenente-Coronel RRB; Major ARA; Capitães ARN e DCSJ; Tenente VJF; Subtenentes FAF e HCN; Sargento GMF e Cabos ET, CHC, ASSS e RRM.
Dentre os investigados, encontram-se o ex-Secretário de Segurança Pública E.R. e o ex-Secretário da Fazenda de Goiás J.B., ambos na condição de suspeitos pela prática de tráfico de influência que resultaram nas promoções de patentes de integrantes da organização criminosa. Esclarecendo que com relação aos mesmos não foram expedidos qualquer mandado judicial.
Por Comunicação Social / Superintendência Regional da PF em Góias
(62) 3240-9607
www.dpf.gov.br/dcs
Realizar prisões desse tipo deve trazer uma grande satisfação, já que em nosso país temos grandes exemplos históricos de autoridades impunes.
Mas maior que essa satisfação penso eu haver também um sentimento de tristeza, de traição, em ver companheiros no lado negro da força, companheiros em que em muitas vezes lhe foram confiada a vida, que eram amigos e hoje podem ser chamados de inimigos.
Inimigos no sentido de serem inimigos de toda uma ordem, de um juramento que fizeram, em proteger toda uma sociedade, toda uma instituição, de defenderem o país.
Nós concurseiros olhamos com indignação e com uma tristeza ainda maior, pois estamos nos esforçando para fazer parte dessas corporações e vemos que pessoas que tiveram essa chance, não sabem aproveitar.
Será a tal questão de vocação? Também acho que a atividade policial requer vocação, requer um sentimento de chamar para si uma responsabilidade, independente de questões salariais, de status ou qualquer outra coisa. É saber que o policial executa suas atividades com uma finalidade muito maior, para proteger toda uma sociedade, todo um país.
Infelizmente temos que conviver com pessoas que não merecem ter o que têm, que não fazem jus à instituição a qual pertencem e mancham o distintivo que usam.
A polícia está fazendo sua parte, espero que o Poder Judiciário faça a sua e coloquem esses bandidos² (ao quadrado mesmo) na cadeia.
Não são guerreiros, são covardes!
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