Só posso descrever meu estado como ebriedade profissional. Foi bom, intenso e muito gratificante participar da missãozinha chata, na qual ninguém acreditava, e que por isso mesmo caiu de bandeja no meu colo. E embora um delegado constasse como chefe da operação e houvesse discutido comigo cada ponto do plano, tinha que fazer outras coisas e acabei, por ironia do destino, assumindo o rock n' roll todo. Era eu tentando ensaiar meus passinhos tímidos na imensidão do universo policial. Todavia, o susto foi grande porque a operação evoluiu. Aumentaram o som, as cores e a moral da história. Pelo fato de ter acompanhado tudo desde o início era eu que tirava dúvidas dos colegas no brieffing (pasmem!). Por alguns instantes realmente senti toda a beleza de fazer parte de uma equipe de polícia, tal qual uma peça bem engrenada na força da máquina..., mas ainda é cedo. Segue. Me lasquei de tanto trabalhar e de tanta pressão porque se "tocasse o barata voa" (abafa!) eu não sei nem se saberia por onde começar. Oi, aquela fase de curso de formação acabou, baby. Não tem nenhum instrutor aqui pra tirar a gente do desespero e é terminantemente proibido errar! Não. Claro que meus erros não passaram em branco. Fizeram críticas quanto à "estética da coisa". Ok, não poderia passar sem críticas, mas logo sobre estética!? Se todo o resto estava bem então isso foi um tremendo elogio! Eu acho graça porque era uma missão impossível de dar certo. Mas deu e a causa era nobre! Graças a Deus pude dormir em paz. Hoje, meu coração acordou em ritmo de fé, pronto para novos horizontes, porém antes tenho que lavar essa camiseta suada que por vezes me deixa encharcada de orgulho.