As Quatro Operações - Estudando para a prova
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As Quatro Operações - Estudando para a prova



Todas as vezes que a imprensa alardeia o início de uma megaoperação da Polícia Federal, o enredo é o mesmo: centenas de agentes munidos de ordens judiciais fazem o arrastão de prisões e apreensões, diante de câmeras e repórteres eufóricos. Em casa, o cidadão revê à exaustão imagens dos detidos de terno e gravata desembarcando nas delegacias. A satisfação é geral.
O que não ganha manchetes com o mesmo rufar de bumbos são os resultados desse teatro. Investigações mal conduzidas e repletas de falhas encruam condenações e geram ainda mais impunidade. Exterminá-las se tornou a especialidade do criminalista e professor de Direito da FGV em São Paulo, Celso Sanchez Vilardi.
Pelo menos quatro megaoperações da Polícia Federal ruíram ao bater de frente com o advogado. A Operação Castelo de Areia, mais recente e também a mais polêmica dos últimos anos, é o melhor exemplo. Devido a uma sucessão de falhas da polícia, do Ministério Público e do Judiciário, gravíssimas acusações de crimes financeiros e desvio de verbas públicas contra executivos da empreiteira Camargo Corrêa caíram. Em abril, o Superior Tribunal de Justiça anulou grampos autorizados com base em denúncia anônima não juntada aos autos pela polícia. E o castelo desmoronou.
O mesmo destino tiveram a Operação Midas, que apurou fraudes no INSS, corrupção e lavagem de dinheiro; a Operação Cana Brava, sobre apropriação indébita milionária envolvendo usinas de açúcar em Araçatuba (SP); e a Operação Kaspar II, que investigou lavagem de dinheiro e evasão de divisas envolvendo empreiteiras e bancos suíços como UBS, Credit Suisse, Clariden e AIG.
Vilardi integra a linha de frente da nova geração de criminalistas brasileiros — um grupo de jovens em torno dos 40 anos de idade, mas que já encaram alguns dos mais importantes casos do país. Não por acaso, ele é um dos parceiros preferenciais do advogado e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos nos contenciosos mais clamorosos da República.
O currículo de Vilardi é extenso. Veja abaixo a lista dos clientes mais notáveis:
Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT e um dos réus no processo que apura o esquema do Mensalão;
Eike Batista, dono da MMX investigado por irregularidades na licitação para a construção da estrada de ferro do Amapá, na Operação Toque de Midas;
Luiz Murat Filho, primeiro condenado pela prática de insider trading, o uso informações privilegiadas para atuar no mercado de capitais;
Robson Marinho, ex-deputado e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, investigado por beneficiar a companhia francesa Alston, vencedora de licitação para o fornecimento de trens ao metrô do estado;
Rafael Palladino, ex-diretor do banco Panamericano apontado como um dos responsáveis por irregularidades financeiras que levaram ao rombo na instituição.
Maria Glória Bairão dos Santos, mulher do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, investigada sobre um esquema de proteção ao ex-juiz condenado por corrupção, peculato e estelionato;
Celso Pitta, ex-prefeito de São Paulo investigado pela CPI do Banestado e morto em 2009.
Para ler a entrevista na Integra clique aqui!



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