Sob o olhar dos homens de Preto
Policial

Sob o olhar dos homens de Preto


Marina, Serra, Dilma e Eymael contam com a escolta de policiais federais. De forma discreta, agentes acompanham os candidatos dia e noite
Eles estão sempre perto dos candidatos, participam de passeatas, carreatas e de comícios, mas não são políticos nem podem fazer manifestações do gênero. Com uma postura discreta, carros descaracterizados e sempre atentos. É assim que trabalham os agentes da Polícia Federal que dia e noite fazem a segurança dos principais presidenciáveis, conforme determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O grupo varia de acordo com o candidato e os locais por onde ele anda. Os homens de preto, como são chamados dentro da cúpula de algumas campanhas, são recrutados pelo perfil, ou escolhidos pelo próprio político.

Antes do início oficial das campanhas, a Polícia Federal faz um levantamento para definir a forma de segurança dos candidatos. Em seguida, realiza o planejamento tático. “Nada é feito sem que haja um plano previamente traçado”, observa um delegado que chefiou a segurança de um candidato. Nas eleições de 2006, por exemplo, havia uma grande preocupação da PF com o então candidato a presidente, Geraldo Alckmin (PSDB), que hoje concorre ao governo de São Paulo. O temor era em relação a uma facção criminosa que atua nos presídios paulistas e agiu violentamente contra policiais, um ano antes das eleições. Não foram registrados problemas durante a campanha do tucano.

O número de policiais que fazem a escolta dos candidatos pode variar, dependendo da importância do político. Apesar de a PF não revelar o efetivo que vem usando, os candidatos José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) são os que têm o maior número de agentes. Além deles, até a semana passada, apenas José Maria Eymael (PSDC) havia requerido a segurança. O candidato tucano, apesar de ter um grupo de policiais à sua disposição na superintendência da PF em São Paulo, só pediu a escolta depois que o diretor-geral da corporação, Luiz Fernando Corrêa, ligou para os coordenadores de campanha, alertando sobre a segurança.

Comandado por um delegado, o grupo de agentes vai a todos os lugares, sempre colado aos candidatos. Há também os que fazem levantamentos prévios, inclusive em viagens. O chefe da escolta segue no mesmo veículo ou avião do presidenciável, enquanto que os demais seguem por outros meios de transporte. O acompanhamento é feito em carros descaracterizados, que são usados até mesmo em manifestações públicas do presidenciável. “Não fica bem aparecermos de carros oficiais em uma passeata ou carreata. Tudo tem que ser feito de forma discreta”, explica o policial.

Uma resolução do TSE determina que todos os candidatos à Presidência da República têm direito à escolta da Polícia Federal, que é feita pela Coordenação de Defesa Institucional. Para recusar, o político tem que assinar um termo, como fez a ex-senadora Heloísa Helena (PSol), em 2006. Todas as despesas — deslocamentos e diárias dos agentes — são custeadas pela União. A escolta não se limita às campanhas, segundo o delegado. “Temos que manter a segurança dos candidatos até a homologação das eleições pelo TSE”, explica o policial.



loading...

- Aprovados Em Concurso Poderão Ter Direito A Contratação Imediata
A Câmara analisa o Projeto de Lei 277/11, do deputado Romero Rodrigues (PSDB-PB), que torna obrigatória a contratação imediata de candidatos aprovados em concursos públicos federais da administração direta e indireta. A proposta estabelece regras...

- Dilma Decide Unificar O Combate às Drogas
A presidente eleita, Dilma Rousseff, e o futuro ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, escolheram o delegado Leandro Daiello Coimbra para comandar a Polícia Federal, em substituição ao atual diretor, Luiz Fernando Corrêa. Dilma decidiu ainda...

- O Novo Ministro Da Justiça
Uma das primeiras ações do futuro ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, será comandar uma reunião com os governadores e os secretários de Segurança dos estados para estruturar uma política conjunta de combate à criminalidade. Cardozo disse...

- OperaÇÃo MÃos Limpas
A Polícia Federal prendeu ontem o governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), o ex-governador Waldez Góes (PDT) e 16 empresários, servidores públicos e políticos, acusados de desviar R$300 milhões em recursos das áreas de: educação, saúde,...

- Operação Tormenta
Horas após os agentes de a Polícia Federal deflagrar a Operação Tormenta, que investiga supostas fraudes em concursos públicos no país, o comando da PF em Brasília revelou que a quadrilha envolvida no caso atuava há pelo menos 16 anos na violação...



Policial








.